quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Desinstitucionalizar

       Não tem fim, não tem modelo ideal, precisa ser inventado incessantemente. Trata-se de um exercício cotidiano de reflexão e crítica sobre os valores estabelecidos como naturais ou verdadeiros. É uma discussão permanente que deve estar presente, alicerçando as diversas propostas de políticas e práticas em saúde. (Alverga e Dimenstein,2005).


REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

é tudo aquilo que  dignifique e dê sentido à banalidade do viver cotidiano: morar, comer, amar, trabalhar, estudar, pintar, passear, ter dinheiro, ir ao cinema, ao mercado...
''...Essa convivência entre loucos e pobres, excluídos e marginalizados, possibilita que a cidade possa se abrir para a loucura e acolher o sofrimento: “estar na vila ou favela é estar ‘cara a cara’ com a violência, com o tráfico, com os roubos. Mas, também, é estar com crianças na porta das casas, mesmo que pedindo algo, cachorros, cavalos, vizinhos circulando perto de janelas e portas, sentados tomando chimarrão, xingando moleques, casais em discórdia, jogo de bola, bola que cai em cima do telhado, usuários participando no meio de tudo e de todos, polícia que passa e o povo cochicha, trabalhadores, carroceiros, estudantes, estranhos, residentes, drogaditos, líderes comunitários, ufa...que  ‘muvuca’ é a vida na vila!!! É a vida real, da maioria do povo brasileiro!...”(Vera Resende,2008)

O Programa de Volta para Casa

É um auxílio reabilitação psicossocial a pacientes institucionalizados por longos períodos. Tem por objetivo contribuir para a inserção social destas pessoas, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social, capaz de assegurar o bem-estar global e estimular o exercício dos direitos civis. O programa conta hoje com mais de 2.600 beneficiados em todo o território nacional, os quais recebem mensalmente o valor de R$240,00.
Apesar de pouco para estas pessoas que nunca receberam nada e não tiveram o prazer de administrar suas vidas, este valor tem se mostrado importante para auxiliar a ressignificação do convívio na sociedade.