Convivendo a Desinstitucionalização Mental
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Desinstitucionalizar
Não
tem fim, não tem modelo ideal, precisa ser inventado incessantemente. Trata-se
de um exercício cotidiano de reflexão e crítica sobre os valores estabelecidos
como naturais ou verdadeiros. É uma discussão permanente que deve estar
presente, alicerçando as diversas propostas de políticas e práticas em saúde. (Alverga e Dimenstein,2005).
REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL
é tudo aquilo que dignifique e dê sentido à banalidade do viver cotidiano: morar, comer, amar, trabalhar, estudar, pintar, passear, ter dinheiro, ir ao cinema, ao mercado...
''...Essa convivência entre loucos e
pobres, excluídos e marginalizados, possibilita que a cidade possa se abrir
para a loucura e acolher o sofrimento: “estar na vila ou favela é estar ‘cara a
cara’ com a violência, com o tráfico, com os roubos. Mas, também, é estar com
crianças na porta das casas, mesmo que pedindo algo, cachorros, cavalos,
vizinhos circulando perto de janelas e portas, sentados tomando chimarrão,
xingando moleques, casais em discórdia, jogo de bola, bola que cai em cima do
telhado, usuários participando no meio de tudo e de todos, polícia que passa e
o povo cochicha, trabalhadores, carroceiros, estudantes, estranhos, residentes,
drogaditos, líderes comunitários, ufa...que ‘muvuca’ é a vida na vila!!! É a vida real, da
maioria do povo brasileiro!...”(Vera
Resende,2008)
O Programa de Volta para Casa
É um auxílio reabilitação psicossocial a pacientes institucionalizados por longos períodos. Tem por objetivo contribuir para a inserção social destas pessoas, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social, capaz de assegurar o bem-estar global e estimular o exercício dos direitos civis. O programa conta hoje com mais de 2.600 beneficiados em todo o território nacional, os quais recebem mensalmente o valor de R$240,00.
Apesar de pouco para estas pessoas que nunca receberam nada e não tiveram o prazer de administrar suas vidas, este valor tem se mostrado importante para auxiliar a ressignificação do convívio na sociedade.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
"Residências Terapêuticas: Pesquisa e Prática nos Processos de Desinstitucionalização"
Baixe aqui o livro "Residências Terapêuticas: Pesquisa
e Prática nos Processos de Desinstitucionalização", obra organizada por
Maria de Fátima Araujo Silveira e Hudson Pires de O. Santos Jr. Publicado pela
eduepb.
http://static.scielo.org/scielobooks/pgwpg/pdf/silveira-9788578791230.pdf
Livro bem completo, vale a pena ler!
http://static.scielo.org/scielobooks/pgwpg/pdf/silveira-9788578791230.pdf
Livro bem completo, vale a pena ler!
sábado, 12 de outubro de 2013
Aonde estão os Residenciais Terapêuticos?
O Estado do Rio Grande do Sul conta com 34 Residências Terapêuticas, distribuídas nos seguintes municípios: Alegrete(1), Bagé(1),Caxias do Sul (1), Porto Alegre(30) e Viamão(1). No Brasil temos 596 casas, com 3.236 moradores. Os SRTs deverão estar vinculados aos CAPS ou a outro serviço ambulatorial especializado em saúde mental, pois são através destes, que os moradores mantem seus acompanhamentos. São prioridade os municípios sede de hospitais psiquiátricos para implantação de STRs.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Residências terapêuticas - Parte 1
Aqui está uma parte do programa A LIGA sobre residenciais terapêuticos, vale a pena conferir o programa completo!
O que a desinstitucionalização traz a estes pacientes?
Traz a ressignificação da suas vidas. Eles passam a aprender a conviver no meio social, fazendo tarefas que para nós podem ser banais, mas que eles nem tinham conhecimento, como: arrumar a casa, fazer suas próprias refeições, abrir e fechar a porta da sua residência, receber uma conta e paga-lá, fazer qualquer atividade comum do cotidiano sozinhos e quando sentirem vontade. Enfim, fazer o uso de sua autonomia esquecida pelo descaso da institucionalização e ter os seus direitos respeitados como cidadãos. Pessoas com problemas psíquicos não deveriam ser discriminados, pois são seres como os demais seres.
Visita
Em visita realizada neste ano, dia 18 de maio de 2013 no Hospital Psiquiátrico São Pedro e no Residencial Terapêutico Morada São Pedro, observamos um fator da desinstitucionalização.
O Hospital Psiquiátrico São Pedro já chegou a abrigar na sua história em média de 5.000 pacientes, sendo que nem todos eram doentes mentais, pelo contrário, eles eram minoria, a maioria eram pessoas excluídas dos padrões de comportamentos elegidos pela sociedade, esta que comemorou a construção do hospital que alienaria as pessoas. Atualmente com os residenciais terapêuticos estavam institucionalizados somente 116 pacientes, sendo destes, 16 já estavam se mudando para uma casa onde seria o mais novo residencial terapêutico no bairro Partenon. Estes pacientes são acompanhados inicialmente por equipes multidisciplinares e também assistência nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e ao passar do tempo passam a ser acompanhados por um profissional de referência que lhe auxilia no convívio ao meio.
Em visita realizada neste ano, dia 18 de maio de 2013 no Hospital Psiquiátrico São Pedro e no Residencial Terapêutico Morada São Pedro, observamos um fator da desinstitucionalização.
O Hospital Psiquiátrico São Pedro já chegou a abrigar na sua história em média de 5.000 pacientes, sendo que nem todos eram doentes mentais, pelo contrário, eles eram minoria, a maioria eram pessoas excluídas dos padrões de comportamentos elegidos pela sociedade, esta que comemorou a construção do hospital que alienaria as pessoas. Atualmente com os residenciais terapêuticos estavam institucionalizados somente 116 pacientes, sendo destes, 16 já estavam se mudando para uma casa onde seria o mais novo residencial terapêutico no bairro Partenon. Estes pacientes são acompanhados inicialmente por equipes multidisciplinares e também assistência nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e ao passar do tempo passam a ser acompanhados por um profissional de referência que lhe auxilia no convívio ao meio.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
O estado pioneiro dos Residenciais Terapêuticos
O Rio Grande do Sul foi o estado pioneiro no Brasil com os Residenciais Terapêuticos. O Residencial Terapêutico São Pedro, foi inaugurado como um projeto, O Projeto Morada São Pedro, em fevereiro de 2002, para as moradias, foram transferidos pacientes do Hospital Psiquiátrico São Pedro. As moradias foram distribuídas em fileiras alternadas, divididas em 27 casas para pacientes e 30 casas para comunidade, estas se diferenciam na estrutura física pelo tamanho e possibilidade de ampliação. Nas casas do residencial a capacidade é para até 4 pessoas. Os moradores receberam as casas com mobília mínima e à medida que adquirem seus próprios bens, devolvem o patrimônio ao Estado. Os pacientes recebem uma aposentadoria especial para se manterem, mas podem executar atividades de trabalho.
Os pacientes foram acompanhados por equipes multidisciplinares, foram reabilitados a viverem e conviverem no meio social, do qual foram retirados e esquecidos por 10-20 ou mais anos em uma instituição. Atualmente com 11 anos de existência abriga os pacientes que já conseguem ter alguma autonomia e pouco a pouco resgatar sua subjetividade.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Residencial Terapêutico Morada São Pedro
Em 2002 o Governo do Estado/RS através das Secretaria Especial da Habitação e Saúde, iniciou a construção do Projeto Morada São Pedro, bem como a construção de 36 SRTs para 144 moradores do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Em 30/12/02 foram ocupados os primeiros SRTs com Moradores egressos do HPSP.
Reforma Psiquiátrica x Desinstitucionalizar
O processo de desinstitucionalização tem como ancora a reforma psiquiátrica , um movimento social que teve seu início na Itália.No Brasil surgiu na década de 70 seguindo o modelo italiano, propondo a reformulação das políticas públicas de saúde mental, objetivando abandonar o modelo institucional , classificado como invasivo e opressor. Segundo o movimento, o modelo incita a discriminação e a segregação de pessoas retiradas de seus espaços de convivência, privando o exercício de sua singularidade e cidadania. A Reforma tem como objetivo desinstitucionalizar e lutar pelos direitos dos pacientes com transtornos mentais.Propõe o atendimento dos antigos pacientes, através de um conjunto de serviços terapêuticos substitutivos.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Bem-vindos!
Somos acadêmicas do curso de psicologia do Unilasalle. Neste blog vamos comentar sobre a desinstitucionalização de pacientes psíquicos institucionalizados por décadas em hospitais psiquiátricos, como se deu e se dá o convívio e a adaptação deles ao meio, como eles recuperam sua autonomia e aprendem a ressignificar sua vida. E ainda, como preparar a sociedade para recebe-los e conviver de maneira integrada.
Definição da
temática:
Pacientes institucionalizados que retomam sua autonomia.
Problematização:
Como ocorre o convívio e a adaptação ao meio dos pacientes psíquicos que eram institucionalizados? O descaso da sociedade sobre o entendimento desses
pacientes e a necessidade de ressignificar a sua vida.
Certezas
provisórias:
- Possibilidade de devolução da autonomia do paciente com
problemas psíquicos;- Adaptação com o mundo desconhecido;
- Convívio construtivo na sociedade dentro de suas
limitações;- Ressignificar a vida;- Necessidade de profissionais qualificados na área (CAPS,
Hospitais).
Dúvidas
temporárias:
- A aceitação pela sociedade;- Preconceito;- O fim real da institucionalização (Hospital Psiquiátrico
São Pedro);
- Números de leitos para pacientes psiquiátricos e a
qualidade de atendimento.
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